Eleger por qual passagem seguir e que decisões
aceitar é complexo em alguma fase da vida, porém da adolescência e inicio da
vida adulta, o fato se abre aos jovens, empurrando-os a improvisar escolhas e aceitar
decisões, não é raro essa fase ser vivida como de grandes dúvidas, conflitos e tensões.
Quando o tema é a
sexualidade, as dúvidas parecem ser ainda maiores. A conduta do jovem mudou nos
últimos anos. A sexualidade, muito cultivada pela mídia, é banalizada, assim
como os relacionamentos afetivos.
O aparentar da liberdade
gera conflitos, especialmente entre os que estão vivendo um período de
transição entre a adolescência e a vida adulta. Muitas vezes se funda uma forte
tensão entre seguir os valores familiares ou assumir o comportamento adotado
pelo grupo.
Quando
não há diálogo e reflexão, a passagem escolhida é o de se inserirem a qualquer
custo em um grupo, serem aceitos, o que algumas vezes podem levar os jovens a
adotar comportamentos de risco – passam a consumir de forma abusiva bebidas
alcoólicas ou drogas e assumem comportamentos sexuais sem prevenção.
Os
jovens estão começando a vida sexual mais cedo e a sexualidade tem sido tratada
de forma mais “ aberta” entre as pessoas e nos meios de comunicação. Este ilusório
ambiente de liberdade nas formas de viver a sexualidade ainda esconde
mecanismos de repressão e preconceitos sobre o assunto
De todo modo, a família, educadores
e psicólogos podem contribuir na ponderação sobre essas questões solicitando o
diálogo franco, dando voz e mediando as reflexões dos jovens, de forma
respeitosa, oferecendo elementos e referenciais para que os jovens possam
independentemente do formato, construir relações substantivas, com
responsabilidade e cuidado sobre si e o outro.
A psicoterapia
também se assenta como admirável ferramenta de reflexão do jovem e de acessório
na composição de sua identidade adulta nessa etapa da vida, permitindo um processo
de autoconhecimento.
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